Quando nos questionam sobre nosso papel na sociedade como católicos, qual respostas procuramos dar?
Sabemos que podemos responder de várias formas esta questão, porém devemos compreender nosso papel como católicos, e sabermos que devemos exercer a prática de nossos princípios.
No livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 4,32-35 diz-se da seguinte maneira:
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha”.
Como se pode ver, o papel do cristão é a partilha com o irmão, sendo esta partilha não apenas o pão, mas sim o amor, a esperança e a paz.
Quando não deixamos um irmão morrer de fome, e lhe damos o que é “nosso” a ele, preservamos sua humanidade que é sua vida; quando damos atenção ao irmão abandonado pela sua família e por si só, por conta de seus vícios, damos a ele a esperança de viver e mudar de vida. Quando damos oportunidades, seja ela qual for, ao irmão, lhe damos paz.
Ser cristão não é somente dar esmolas ao irmão caído ao chão, humilhado e acorrentado pela miséria, mas sim, dar-lhe o amor de Cristo, a paz de Cristo, a esperança de Cristo e o pão de Cristo.
Ao alvejar mendigos pedindo comida, chame para comer contigo, escute-o, procure saber de sua vida e ao final entregue conselhos, abraços, oportunidades, para que ele possa viver e preservar a sua humanidade com a esperança de Cristo. Dê ao irmão caído o que esteja em seu alcance, como Jesus fez com aqueles que a sociedade daquela época mais desprezou, mais humilhou e mais isolou.
Por isso, abrace mais, ame mais, preserve a dignidade e a humanidade, apenas partilhando mais. A nossa missão não está fundada em ter a melhor casa, o melhor emprego, o melhor carro e o melhor filme. Busquemos fazer com que todos sejam melhores, e não somente nós, pois não estamos aqui para nos enaltecer, e sim para enaltecer todos nós em Cristo, que é a maior representatividade de humanidade que já tivemos em nosso mundo.
A melhor forma de viver a vida é aquela que procuramos fazer com que todos tenha vida e dignidade. Portanto partilhe mais e acumule menos para si.
Arthur Ramos Freitas
Membro do Grupo de Jovens EJAC