Meus caros Paroquianos,
No mês de novembro refletimos sobre a beleza da vocação à santidade que nos é oferecida pela Igreja através do sacramento do Batismo. Celebrar a solenidade de todos os santos deve crescer em nós a vontade de pôr em prática o mandato do Senhor: “Sede santos como vosso Pai Celeste é santo”.
Ao sermos mergulhados nas águas do Batismo, somos purificados de toda mancha do pecado. Saímos das águas chamados por Deus a sermos seus imitadores e configurando-nos ao Cristo, sacerdote, profeta e rei. Pelo batismo somos enxertados no corpo místico de Cristo e na comunidade que é a Igreja.
Logo, a santidade possui uma dimensão social, pois participamos de um corpo. Santidade deve ser o jeito de ser do cristão no mundo, tentando transformar a realidade onde vive em lugar de encontro com o próximo e com Deus.
O Batismo nos confere a tríplice missão de Cristo: sacerdotal, real (pastor) e profética. Somos batizados para sermos profetas e como profetas precisamos dar testemunho da ação de Deus em nossa vida. Santidade quer dizer ter a vontade de chegar à perfeição no seguimento a Cristo, sendo testemunhas dele onde quer que seja e anunciando o Evangelho.
A vocação desperta e se desenvolve naquelas pessoas que buscam viver a santidade no cotidiano da vida, na oração, meditação da Palavra, nos sacramentos etc. O que define e distingue os vocacionados à santidade não são tarefas, atividades, mas o serviço, a doação, a entrega de sua vida aos irmãos mais pobres.
Neste ano em modo particular a Igreja quis nos oferecer dois modelos de Santidade: Santa Irmã Dulce dos Pobres que foi inscrita no Livro dos Santos pelo Papa Francisco no dia 13 de outubro passado no Vaticano e Pe. Donizete que será beatificado no dia 23 de novembro em Tambaú SP.
As obras sociais de Santa Ir. Dulce tiveram início no ano de 1949, quando a Irmã ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio para cuidar de 70 doentes. Onze anos depois, a futura santa cuidava de um hospital que dispunha de 160 leitos. Era um momento que não havia direito à saúde pública. As pessoas para serem atendidas em hospital público tinham que ter carteira de trabalho assinada. O hospital dela era o único que não rejeitava ninguém. Isso é a base da santidade que Irmã Dulce tinha em vida.
Pe. Donizete trabalhou por 35 anos como Padre em Tambaú até o dia 16 de junho de 1961 quando faleceu aos 79 anos de idade por complicações cardíacas. Pe. Donizetti tinha vida austera, sem luxo, nada de requinte. Sua aspiração era servir a Deus sobre todas as coisas. Tinha total zelo pelas crianças e idosos, mas acolhia a todos sem distinção. Fundou uma creche, a Casa da Criança, cuidou dos trabalhadores, fazendo o círculo operário, e por fim olhou pelos idosos e fez o Asilo. Possuía grande devoção e fé a Nossa Senhora Aparecida.
Neste mês procuremos seguir os passos de Cristo e assim alcancemos a santidade. Façamos o propósito de conhecer mais de perto a vida de Santa Irmã Dulce dos Pobres e do Pe. Donizete e imitar as suas vidas, tornando-nos instrumentos nas mãos do Senhor e ajudando os nossos irmãos que vivem perto de nós. Que Nossa Senhora do Rosário nos ensine a sermos fiéis seguidores do seu Filho Jesus.